O MILITANTE DA UNITA RESPONDE:A UNIDADE NACIONAL?É O NOSSO OBJECTIVO ESTRATÉGICO

Naqueles anos de guerrilhas 1976-1980, cada comandante regional, setorial ou de zona inventou regras para acomodar os seus próximos naquilo que a política veio designar de concepções erradas no seio do Partido, o regionalismo, bairrismo, tribalismo etc, fatores influenciaram negativamente a marcha da revolução. Nesses anos de 1979 e 80 o Dr. Savimbi avaliou a situação que prejudicaria a luta e decidiu sabiamente dar-lhe resposta com aulas políticas aos quadros quer do movimento quer das forças armadas. O SLOGAN respondeu a tudo isso que representou a fase do combate contra o analfabetismo político. A revolução não poderia triunfar a continuar cometer tais erros. A UNIDADE NACIONAL, o slogan lançado para transformar o homem nu em revolucionário correspondeu com a unidade de todos os angolanos na luta contra o inimigo de classe, representado pelo MPLA, unidade das nações para o combate contra os neocolonialistas.

Por: T/Coronel Vatulembua, Oficial na Reforma a partir das terras Planalticas do Huambo

Quais são os elementos de desunião no Partido de hoje?

Antigamente, houve exclusão de grupos de pessoas ou indivíduos em razão da raça, da língua, do local de nascimento, do tempo da integração na revolução etc. Isso distanciou as pessoas dos destinos no combate contra o inimigo de então. Ate as mulheres bonitas eram só para os comandantes. Os maridos eram mandados para a linha da Frente. Enfim, houve motivos vários que levariam a luta ao fracasso não fosse esse reviravolta que o Dr Savimbi fez nos homens. Presentemente, os elementos de divisão, continuam, na sua maioria os mesmos da guerrilha, quando éramos analfetos políticos. Acrescem as alianças motivadas com o imediatismo, a defesa dos bens materiais e o regionalismo. Quando se é do Bailundo e Bela Vista ou relacionado com as mesmas origens tem caminho andado para assumir cargos no Partido.
A invocação e defesa dos princípios da linha política do Partido é uma das causas suficiente hoje para ser rotulado de quinta coluna, o que é absurdo. O Partido encontra-se em mãos dos que não esperam, dos que queimam as regras dos estatutos do Partido para excluir os que permanecem fiéis aos dogmas.

TODOS NÓS PERSEGUIMOS A CONQUISTA DO PODER EM ANGOLA e o seu exercício.

No passado, a solução às causas das divisões foi dada pelo Dr. Savimbi com o Slogan: A UNIDADE NACIONAL?
É O NOSSO OBJECTIVO ESTRATÉGICO. Provamos todos o quão é importante a unidade numa equipa em qualquer empreendimento, quer seja político, militar, comercial etc.

Perguntamo-nos hoje perante a real situação em que o Partido se encontra, mesmo àqueles que, com binóculos viam/vêm a FPU como a varinha mágica na luta(?) contra o MPLA,

O que divide afinal os quadros da UNITA hoje? E qual é a saida para a UNITA se reconstituir em verdadeira força política de alternância em Angola?

• O Partido precisa de se UNIR. Foi a união na diversidade que fez da UNITA um verdadeiro Partido na oposição em Angola. A UNIDADE NACIONAL que pressupõe:
• Rebuscar as luzes da escola do Dr. Savimbi que, privilegie o diálogo para aproximar as ideias e renovar as esperanças do povo angolano.

– Rebuscar os ensinamentos do Dr. Savimbi segundo os quais TUDO QUE NOS DIVIDE NOS DIMINUI.

Depois de questiúnculas na UNITA durante esses 4 anos de mandato do ACJ, que ganhos obteve ao expulsar, suspender e subvalorizar quadros do Partido?

• Quais são os reais motivos que levaram ACJ a tomar tais medidas e substirui-los por estranhos e novinhos a linha política do Partido? Não há resposta mais óbvia se não, a falta de noção da unidade no seio do Partido;
• O descaracterizar o Partido e o apagar a história de todo o trabalho feito com sangue dos melhores filhos desta pátria. E hoje estamos aonde?

Precisamos de fazer o bom diagnóstico para acertamos na terapêutica, na receita ou na solução ao problema. O Partido se tornou no verdadeiro gueto tribal segundo o Dr. Abel Chivukuvuku. O Bailundo é que reina para a desgraça do povo angolano ou contra as esperanças do povo angolano.

A resposta não é se não a UNIDADE NACIONAL que se deve efetivar de Cabinda ao Cunene, do mar ao leste com todos os quadros das nações, privilegiando:

• O saber, a experiência e a antiguidade sem menosprezar os conhecimentos e o sangue jovem.
• A resiliência dos quadros antigos e vigilância sem descurar a necessidade de conquistar e manter quadros novos.
• A crítica que seja construtiva em vez de discriminatória. Alguns companheiros defendem a unidade na exclusão. Segundo os mesmos, o Partido deve unir-se mas o fulano e o beltrano não devem ser escolhidos para os órgãos de direção dizem. Ora todos sabem quem foi o líder do CRU, o General Manuvakola e seus colaboradores. Foram integrados nos órgãos de direção do Partido onde continuam a contribuir significativamente até o presente momento. Ele é controverso mas com ideias positivas. Não mais a exclusão pois o Partido não sairá do ciclo vicioso que o levará à ruína.

•Unidade de ideias que tornem o Partido forte e não mais promíscuo onde Francisco Viana, de antigo agente dos serviços de segurança, Irina Diniz antiga ou ainda é membro do comitê de especialidade dos empresários do MPLA conforme dizem, pularam do nada, pois nem se quer passaram nas bases, para a tribuna passando por cima dos melhores quadros com a conivência do lider ao ponto de clamar publicamente ” a deputada mais bonita da UNITA “. Isso não, senhor.

• Olhemos todos e cada um de nós, o Partido como propriedade pessoal para cuidarmos dele de forma diferente, sermos mais responsáveis. Se assim fizermos, em 2027 não haverá nem PRA-JÁ nem outra força que nos prejudicará no pleito eleitoral.
  Durante esse período o Partido serviu de meio de reabilitação do PRA JÁ. Perguntem ainda hoje os que foram às jornadas parlamentares na Huila, que trabalho sujo está sendo feito?.
• Unidade sem nomes. O fulano sim mas o fulano não. A exclusão seja ditada pelas capacidades politicas dos homens.

Um apelo a atual direção da UNITA, para salvar a honra e dignidade vossa também da UNITA, não espere que seja forçada a unir e reconciliar o Partido. Tome a iniciativa de mandar queimar os processos que conduziram as divisões, processos mal elaborados juridicamente a luz dos estatutos e de forma aberta abram as portas para a reconciliação sem cerimônia como fez o Dr. Samakuva no ano de 2003 que não perdeu tempo em julgar quem traiu e quem não traiu o Dr. Savimbi pois não sobraria ninguém com quem trabalhasse.

É HORA DE RESPONDERMOS TODOS: A UNIDADE NACIONAL?
É O NOSSO OBJECTIVO ESTRATÉGICO.

MUITO OBRIGADO