Tentativa de golpe de Estado: Albano Pakissi considera peça teatral “mal” elaborada e uma manobra de distração que deverá enriquecer oficiais do SINSE, MININT e das FAA
O comentador da TV Zimbo e docente universitário Albano Pakissi, considerou manobras de distração os dados apresentados este sábado pelo SIC, de uma eventual tentativa de golpe de Estado, por um suposto grupo terrorista proveniente da Província do Huambo.
“Com todo respeito que tenho pelo Manuel Halaiwa Herlander Massaqui, mas aquilo que apresentou é uma autêntica manobra de distração”, disse e sublinha que eventualmente estejam a prever algo maior no futuro.
Pakissi recorda que na época do antigo Presidente da República José Eduardo dos Santos em “memoria”, os oficiais que estavam a sua volta queriam mais dinheiro e se enriquecer, inventavam situações de uma tentativa de golpe de Estado. foi assim que muita gente da presidência e não só, ficaram ricos com estas manobras de distração.
O comentador residente da TV Zimbo, entende que apos quase 23 anos de paz e consecutivamente os 50 anos de independência, há muita gente que querer ressuscitar a imagem de guerra.
Para o académico neste momento em Angola, ninguém quer guerra, e exigem seriedade aos órgãos de segurança do país para que se evite estas manobras de distrações.
Albano Pakissi reitera ser uma peça teatral tal suposta intenção e cobra das autoridades tais provas que visam demostrar tal intensão frustrada pelo Serviço de Investigação Criminal e demais órgãos de segurança do Estado.
Vale recordar que:
Segundo Manuel Halaiwa, a operação, que envolveu meses de monitorização e investigação, evitou ataques de grande magnitude que tinham como alvo instituições estratégicas do país, incluindo a Presidência da República, a Refinaria de Luanda e a Embaixada dos Estados Unidos.
Em declarações à imprensa, o porta-voz do SIC assegurou que o grupo começou a ser monitorizado em Outubro do ano passado, após serem identificados indícios de uma organização subversiva de origem angolana com conexões externas. As intenções dos suspeitos incluíam acções terroristas para desestabilizar a ordem política e social do país, criando pânico durante a visita oficial do então Presidente norte-americano, Joe Biden. Entre os alvos estavam também o Palácio Presidencial, a Assembleia Nacional e o Hotel Intercontinental, onde Joe Biden estaria hospedado.
“Os engenhos explosivos que seriam usados incluíam granadas de mão de origem russa, alemã, britânica e portuguesa. Estes materiais, segundo a investigação, não pertencem ao arsenal das Forças Armadas Angolanas, sugerindo que foram adquiridos de forma clandestina”, sublinhou.