Detido encarregado de educação por agredir professora no Namibe

Uma professora da disciplina de Química, do colégio Sai di Mingas, em Moçâmedes, província do Namibe, foi agredida nesta Terça-feira, 25 de março, por um encarregado de educação.


Tudo aconteceu pelo facto da professora ter informado ao pai sobre o mau comportamento da filha, que tem passado pelo uso de droga do tipo diazepan bem como a subtracção de valores monetários na cantina do colégio.

A professora que foi espancada a frente dos alunos e demais colegas, diz não ter moral para continuar a trabalhar em função da humilhação que passou.

Segundo relatos, esta última teria sido surpreendida na posse de um “medicamento frequentemente usado por adolescentes como droga”, depois de ser vista a sair com frequência com individuos adultos estranhos ao colégio, entre outras condutas censuráveis.

O porta-voz do SIC no Namibe, José Lolina, indicou que o detido foi apresentado ao Ministério Público para os devidos tramites legais

A professora Dialundama Maria Buxoman manifestou a sua indignação pelo incidente e exigiu que a justiça seja feita

“Estou indignada com a situação, sinto-me humilhada e envergonhada. Fui agredida diante dos estudantes e professores da minha instituição, eu gostaria que a Justiça fosse feita, independentemente da influência que ele tem ou possa ter, e espero que a lei seja justa e se faça a justiça”, desabafou

A este propósito, a directora do Gabinete Municipal da Educação de Moçamedes, Inês Pinto, garantiu que a professora terá um acompanhamento psicológico junto da familia, a fim de ajudá-la a ultrapassar a situação, e que medidas de correcção junto da entidade empregadora do agressor serão tomadas.

“É a primeira vez que registamos acto do género, e temos uma apreciação negativa Trata-se de um acto reprovável, não podemos permitir que um encarregado, que devia ser um parceiro directo da escola, espanque um professor, e pior ainda, dentro de uma escola. Independentemente da desentendimento que estes tenham tido, todo e qualquer conflito pode e deve ser resolvido com diálogo”, disse

Salientou ainda que o Ministério da Educação, junto da entidade empregadora do agressor encontrará medidas coercivas para punir esta acção, para não incentivar actos como este vindos de outros encarregados.

Entretanto, o acusado Vladimir Arcanjo já se encontra detido

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