ACJ E O EXTERIOR DO PAÍS
Desde a sua fundação a UNITA procurou sempre o apoio externo, através de seus representantes e em algumas vezes com deslocações do Dr. Savimbi, com vista a obtenção de apoio militar, a aceitação da organização como movimento/partido angolano explicando assim a justeza da nossa causa e para contrapor as políticas do governo da RPA, com o seu grupo expedicionários russo-cubano. Esse esforço diplomático surtiu efeito desejado, com a revogação da emenda Clerker e muito mais.
Por: DK Tulumba
Actualmente o presidente ACJ, está mais para lá que para cá, sem resultados palpáveis o que não ajuda no funcionamento de uma organização que depara-se permanentemente com graves problemas, com falta de coesão interna, falta coerência no respeito aos seus princípios e matriz político-ideológica, desestruturação, com vários comités a fecharem por inadiplências com os senhorios e falta de ideias políticas claras com vista a atingirmos os nossos objectivos e muito mais.
O último episódio, deixou muita gente incólume e na incerteza, questionando-se se o presidente tem mesmo sentimento pátrio e ama o seu partido. Não é mister, um caso delicado e de extrema responsabilidade que é a destituição do presidente da República, atribuir a responsabilidade ao presidente do grupo parlamentar e um dia antes o presidente viaja para Portugal, para que no caso de um conflito o sr. assistir pela televisão num banquete, com gente de elite.
Em África, Angola em particular, com um MPLA, que sempre acaparou-se do poder com unhas e dentes, uma destituição do PR pode criar fricções políticas e resvalar-se para um conflito armado e temos muito exemplos. A presença do presidente do partido no país é imprescindível e necessária, para a assunção das responsabilidades e as respectivas consequências. As saídas para o exterior têm que ser pontuais e esclarecidas, seu objectivo e resultados, para que os quadros e a organização não sejam vítimas de qualquer irresponsabilidade.
Este sentimento por Portugal ( Porto), se fosse o mesmo por Angola (Huambo, Kinjenje), teríamos desenvolvimento sustentável no nosso país. A nacionalidade é mesmo sagrada e mais dias menos dias, por si só muitas coisas vão se esclarendo. Deixemos Portugal para os portugueses, enquanto ela não for estranha para nós, nunca ficará mas sim haverá sempre aquela saudade, que cresce com o tempo e com a distância.