Polícia espanhola desmantela rede de venda ilegal de preservativos

No âmbito da intitulada ‘Operação Capuz’, as autoridades determinaram que os produtos em causa careciam de um controlo médico adequado – tanto na fase de fabrico, como de posterior prescrição. 


Redação: Primeiro Impacto

A Polícia Nacional de Espanha desmantelou, em Barcelona, um grupo especializado na venda ilegal de preservativos e medicamentos para a disfunção erétil por meio de aplicações de mensagens online.

No âmbito da intitulada ‘Operação Capuz’, as autoridades determinaram que os produtos careciam de um controlo médico adequado – tanto na fase de fabrico, como de posterior prescrição, reporta o El Mundo.

Foram detidas 10 pessoas, de origem chinesa, que faziam parte de um grupo criminoso altamente especializado e profissional, cujos membros recorriam a várias medidas tecnológicas de segurança para evitar serem detetados.

Segundo os investigadores, os detidos terão contactado mulheres que se dedicavam à prostituição, retirando os seus contactos de páginas na internet onde anunciavam os seus serviços, e ofereceram-lhes preservativos e medicamentos.

Em duas buscas domiciliárias, a polícia apreendeu 50 aparelhos eletrónicos, 20 mil unidades de preservativos de diferentes marcas, milhares de unidades de medicamentos para a disfunção erétil de origem chinesa, japonesa, indiana e americana, e mais de 15.500 euros em dinheiro.

A operação deu-se no seguimento da queixa feita por uma cliente à empresa de entregas responsável pelo transporte dos preservativos – na qual destacava a má qualidade do produto. Essa empresa, depois, reportou o facto às autoridades competentes, por via do seu delegado de segurança.

Os investigadores verificaram a existência de uma multiplicidade de compradores no país e descobriram, além disso, que a maioria dos clientes eram mulheres envolvidas na prostituição.

Vieram, depois, a obter informações mais pormenorizadas sobre os anúncios e as formas de contacto a que os criminosos recorriam, com a polícia a concluir que os produtos eram transacionados por meio de aplicações de mensagens instantâneas.

As vítimas forneceram amostras dos preservativos que foram depois endereçados tanto à Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos de Saúde (AEMPS), como à empresa que distribui a conhecida marca de preservativos em Espanha. O relatório dos peritos concluiu que os produtos não cumpriam os requisitos para serem comercializados no país e que, por conseguinte, não se podia garantir que ofereciam um nível de proteção adequado. 

O distribuidor alegou que se tratava de uma contrafação evidente, uma vez que a data de validade não correspondia ao número do lote, os preservativos apresentavam bordos pouco nítidos e a tipografia não apresentava a marca original

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