O surgimento dos Movimentos de Libertação despertou a consciência de muitos e deu alento àqueles que já acompanhavam, na clandestinidade, o sonho de uma Angola livre. Na vigência colonial havia uma “camaradagem” entre Angolanos, pois todos viviam na carne, as agruras da pressão colonial. Só que, já havia quem cooperassem com esse regime. Assim, para alguns, tal pressão colonial, quase que “tipo nada”, pois, já eram pupilos, eram uma alínea colonial. Eles deixaram substitutos, muitos deles são os insensíveis de hoje.


Por: Ilídio Chissanga Eurico, Coronel na Reforma.


A busca de apoios para o combate contra o colonialismo, dividiu os Angolanos. As influências políticas perverteram as mentes, tendo dado visões diferentes, quanto às vias para aquilo que convém à Angola. Isto, acrescido ao carácter de muitos dos protagonistas, temos hoje uma Angola com o futuro sempre adiado.

Quem representa quem?

No compromisso com a causa, devíamos viver apenas a diferença de partidos, em termos de nomes (…): Rosas, Cravos, Lírios, etc, etc, (desculpem os que deixa-r-mos). Nunca devia haver questionamentos na forma como se implementam os programas tendentes ao desenvolvimento do nosso País. Devíamos mirar apenas a satisfação das necessidades do nosso Povo, deixando de parte as querelas interpartidárias. Perdemos tempo a barrar caminhos para os outros, enquanto o Povo é praticamente esquecido. Se o MPLA ganha, não quer mais saber de ninguém (outros partidos). Só ele é que sabe tudo (todos seguiram isso); os outros não pensam nada; não podem participar e, quanto mais afastados, melhor. O resultado é este que testemunhamos hoje: o País não andou/anda bem e criou vícios a valer. Um deles é a adulta CORRUPÇÃO; a falta de simetrias na vida de Angola; o imediatismo e suas consequências,etc, etc,etc. Isto tudo estrangulou a marcha do País que, há meio século, já exportava comida , falando só dela.
Todo aquele que governa Angola, tem de pensar ANGOLA acima de tudo e não no seu Partido (em detrimento de tudo mais). Mas a corrupção tornou-se uma “doença infecciosa” , cuja vacina ainda é combatida. Tudo isso, porque os bolsos falam mais alto do que o Povo. Os donos desses bolsos fazem ruído tão estridente que arrasta multidões que, já cansadas, ao ouvirem aquele ruído, e por quererem livrar-se do sofrimento, seguem, muitas vezes sem conhecerem a característica da origem do ruído.

A solução do problema de Angola assenta na justiça social.

A corrupção criou raízes que requerem/exigem material bem cuidado, se quisermos uma Angola saudável. A acção contra a corrupção enfrentou/enfrenta outra acção contrária. Vozes em uníssono e de várias direcções surgiram. São vozes de vespas (que não são motoretas), a partir do próprio terreno onde iniciou (no MPLA com JLO). Nasce daí o significado de vespa: marimbondo. Nessa acção contrária ao combate contra a corrupção, porque ameaça benesses, os marimbondos que chamo de originais, encontraram nos seus pupilos antigos na UNITA, uma via para a sua implementação. Aqueles que sempre se portaram como lobos em peles de ovelhas, já mesmo no tempo do Presidente Fundador. Esses sim, é que são traidores, que estão a dirigir a UNITA de hoje. É curioso que eles sabem que estão a remar contrariamente aos propósitos do Muangai, com argumentos que só enganam os incautos.

Retomando a ideia, os marimbondos de lá, encontraram nos da UNITA, uma via para fazer “stop” ao combate à corrupção. É assim que surge ACJ (só estamos a fazer revisão da matéria já conhecida). É assim que ele aparece como instrumento de luta que se contrapõe ao combate contra a corrupção. Não é de borla que Higino Carneiro ousa falar daquela maneira colonialista, sem pudor em relação ao que é alheio.

Isto, porque do lado da UNITA de hoje, há seus receptores que estão a mamar o dinheiro deles, como marimbondos originais. A Isabel e a Tchizé dos Santos, Kopelipas e afins, são patrões investidores dos marimbondos filhos (os que dirigem a UNITA desviada hoje).

Silêncio tumular, quando Higino Carneiro falou. Silêncio tumular, quando a Tchizé falou sobre ACJ.

Questão intrapartidária

Gen Gato, Gen Manuvakola, Gen Numa, Gen Chiwale, Brig Mulato, Brig Samy (os outros estão convosco por arrasto, mesmo ACJ), ou nunca juraram em defesa dos menos equipados, que é o apanágio da UNITA, ou juraram enganosamente apenas para se acomodarem na altura, perante o Presidente Fundador.

O compromisso que têm com outras instâncias extra UNITA real é tanto que já não encontram outra linguagem que não seja quedar a UNITA fundada pelo Dr Jonas Malheiro Savimbi. Aquilo que falavam para os vossos subordinados e para a população ontem, foram apenas letras em cima da areia do deserto do Namibe? Que vida tem a UNITA hoje? Essa vossa postura é aquela que troca a função no Partido com o lugar na Assembleia Nacional. Vão por água abaixo os aplausos que recebiam da gente da UNITA real. A fundação da UNITA não foi uma farsa.

Também é espaço para lembrar que esse grupo que atrás mencionamos (com mais um ou menos outro), está supostamente unido por imposição dos marimbondos, para enfrentarem o Mais Velho Samakuva.

Afinal, compromisso com que causa? Em nome de quem falam, se ignoram, desvirtuam o instrumento que vos formou? Mergulharam no ódio e na raiva, como se de uma piscina se tratasse.

O tempo não guarda nada. Haverá um dia, um depois, ANGOLA NOSSA!

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