NO PARTIDO NÃO HÁ PODER A DISPUTAR, NEM PRINCÍPIOS A NEGOCIAR. “HÁ RESPONSABILIDADE”

Já se sabe o que nos motiva: é vermos o nosso Partido dentro dos seus princípios e valores, aquela UNITA original, aquela UNITA dos conjurados do 13 de Março de 1966. É aquela UNITA que a muitos arrepia, como os adeptos da exclusão, mais os seus patrões. Sim, porque a UNITA de hoje é uma aberração, dirigida com muitos desvios, com muita vaidade e, também, com muita arrogância. Muitos que apoiaram/apoiam o “acjotismo”, uns fizeram-no com o propósito de não quererem o MV e outros atraídos pelo “kumbú bué” (alguém desminta). Esses todos têm algo em comum: interesses pessoais em primeiro lugar.


Por: Ilídio Chissanga Eurico, Coronel na Reforma.

Na gíria há uma expressão que diz: “APANHARAM-LHE A PATA”. Se os interesses pessoais suplantarem os da coletividade, os que pretendem destruir, encontram espaço, têm porta de entrada. É o que se passa com a UNITA de hoje e toda a gente honesta sabe de quem é. Não se pode aceitar, na capital do País, abandonar instalações por falta de pagamento de renda, mesmo que seja por razões de venda pelo senhorio. A questão dos interesses pessoais afecta muito os membros da direcção da UNITA de hoje, ou seja, muito boa parte dela tem essa “maca”. Por isso é que há muita ditadura, defendem comportamentos que, à partida, os ditadores sabem que, sem isso, surgem contestações.

Alguns começaram a receber dinheiro do regime há muito tempo e, em troca, tinham de sacrificar o serviço do Partido: toma dinheiro e fica quieto. Alguns exemplos: acordos de Hotéis, Bengo, Namibe, etc.
Isso teria sido doce, mas está a começar a ficar azedo (amargo?). Porquê, afinal, aceitar essa postura, quando, em tempos, aceitamos todos lutar pelo bem estar de todos? Mentes torcidas! A luta contra a corrupção é abrangente ou selectiva? Sendo abrangente, então, “TODOS OS PREGOS VÃO SER MARTELADOS UM DIA”.

Não há amigos nem inimigos permanentes; o que há são interesses permanentes. Quando as pessoas se furtam do exercício de penetrar essa realidade, é porque estão embebidas de um carácter de traição. Fazer crer as pessoas que os apoios massivos eram simplesmente “apoio” é, no mínimo, malandrice deliberada. Os pregos podem apanhar pancada de martelo.

Todo um homem que dirige com arrogância, revela uma grande dose de tacanhez. O respeito não se fabrica, mas conquista-se com mestria na condução dos homens, duma forma honesta, responsável, inteligente, tolerante, visando a unidade no seio do Partido. Mentes calcinadas, até quando?!

A nossa força está na nossa tradição e cultura (JNJ)
Lutemos pela integridade do nosso Partido. A arrogância só espelha pequenez e não congrega. Ninguém é dono, a UNITA (original) é de todos. A actual é que tem dono: alguém pode adivinhar? Os nossos interesses não ofusquem os do Partido e muito menos do País. Não vender o Partido com trinta macutas para nos enforcarmos a seguir (para depois se martelar o prego) é não honrar os nossos heróis, pois,
OS QUE MORREM, VIVEM PARA SEMPRE, SE A SUA CAUSA É DE TODA A GENTE.

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