A VITÓRIA DE TRUMP E A GEOPOLÍTICA
Cresci numa fase em que a guerra fria atingiu o seu pico, com Angola a ser o palco dos maiores teatros, após a guerra do Vietname. Com isso, era comum chamar os carcamanos de “primos” e depois da UNITA, ter o partido Republicano como escolha e pertença. O ponto mais alto deste amor, evidenciou-se mais em 1988, na disputa entre Bush pai e Duckac. Após a vitória de Bush pai houve um “good news”, com muita euforia a mistura tendo em conta o apoio militar norte-americano à UNITA que possibilitava travar o ímpeto ofensivo das forças coligadas russo-cubanas e as FAPLA.
BY: DK TULUMBA
Infelizmente em 92 fomos abandonados pelos EUA, quando mais precisávamos deles para o alcance do poder. Fomos massacrados e humilhados visto que a guerra fria tinha terminado, com a queda do muro de Berlim e a Perestroika. “Havia somente, convergência de interesses”. Com o aparecimento de Bush filho, em 2000, ficamos eufóricos com esperança de que o quadro de fragilidade militar deveria se reverter, dando espaço à um diálogo fraterno com governo angolano. Ledo engano e para o acirrar da situação, o presidente fundador tombou, com o olhar impávido e cúmplice dos EUA e 3 dias depois José Eduardo dos Santos foi recebido na Casa Branca com abraços e apertos de de mão, pelo nosso suposto Salvador.
Mesmo assim, o amor aos Republicanos nunca “espumou”. A minha preocupação prende-se com carácter proteccionista de TRUMP, que aparenta desconhecer aspectos geopolíticos e estratégicos, com a guerra na Ucrânia, os BRICS e seus apaniguados. TRUMP é pela racionalidade económica interna de “olhar para dentro”, “minizar os custos, para maximizar os lucros”. Com isso, haverá cortes no apoio à NATO e na ONU, a Ucrânia já era, o Israel deixará de impor a sua opulência militar no médio oriente e poderá fraquejar, dando espaço ao ressurgimento das organizações terroristas e os investimentos em África incluindo Angola serão revistos.
O objectivo da união China/Rússia é criar o equilíbrio mundial e por fim acabar com a opulência económica e militar dos EUA, que os Democratas estavam a controlar bem, com sanções impostas à Rússia, apoio militar à Ucrânia, ameaças à China defendendo Taiwan, apoio à Israel, controlar a economia internacional, a não importação de gás e petróleo russo, etc. Tinham controlo da situação apesar da amnésia de Biden. De salientar que, o interesse do apoio à Republica de Angola era na necessidade de controlar a influência chino-russa em África. É benéfico para todos nós investimentos nos caminhos-de-ferro, no Turismo, na agricultura, na saúde nas energias fotovoltaicas e principalmente no retorno do Dollar, porque a crise está a dar nos ossos e não escolhe cores partidárias ela é para todos e muito mais o povo sofredor de Angola.
TRUMP já esteve no poder e não fez nada por Angola nem interferiu em nada que se prende com fraudes eleitorais, violação de Direitos Humanos, corrupção e o seu governo felicitou o governo angolano pela vitória, nas eleições de 2017 mesmo com tamanha fraude eleitoral, desde o registo, o não credenciamento dos delegados de lista, o não apuramento de certos resultados na mesa das assembleias, até à atribuição de “beneficência” dos resultados eleitorais. É um retrocesso para a NATO para a África em particular Angola e para o mundo que se quer ver Democrático mas está a ser invadido pela Rússia e China, que são regimes ditatoriais dirigido por désputas.