Governo gastou 662 milhões USD para comprar combustível no terceiro trimestre deste ano
O governo gastou 662 milhões de dólares norte-americanos (cerca de 604 mil milhões de kwanzas) para comprar 70% do combustível comercializado no terceiro trimestre deste ano. Os dados foram avançados pelo Instituto Regulador dos Derivados de Petróleo (IRDP).
O ‘Relatório sobre os Combustíveis’, divulgado nesta terça-feira, 19, pelo Instituto Regulador dos Derivados de Petróleo (IRDP), indica que, no terceiro trimestre deste ano, foram adquiridas para comercialização 1,1 milhão de toneladas métricas, das quais cerca de 58% de gasóleo, 29% de gasolina, 6% de fuel ordoil (combustível usado em veículos pesados), 5% de Jet A1 (combustível para aviões), 1% de betume asfáltico e 1% de petróleo iluminante.
De acordo com o documento, a Refinaria de Luanda contribuiu com 29% dos combustíveis líquidos adquiridos, ao passo que a Cabgoc Topping de Cabinda forneceu 1%. Os restantes 70% foram provenientes de importação.
No documento, o órgão regulador dos derivados do petróleo admite que o mercado angolano de combustíveis “continua a ser fortemente dependente da importação”.
“Comparativamente ao trimestre anterior [segundo trimestre], houve um aumento tendencial do peso da importação de 6,17 pontos percentuais e uma redução de 1,17 pontos percentuais, se comparado ao período homólogo”, lê-se.
No final do terceiro trimestre de 2024, o país contava com uma capacidade de armazenagem em terra de 675 968 metros cúbicos, e 1 172 postos de abastecimento, dos quais 896 operacionais, sem alterações em relação ao segundo trimestre.
Os dados mostram que, em quota de mercado no volume de vendas, a Sonangol Distribuição e Comercialização mantém a liderança com 62,2%, seguida da Pumangol, com 21,5%; a Sonangalp, com 8,2%; a Total Energies Marketing Angola, com 7,2%; a Etu Energias, com 0,4%; e a Soida (Operadora de Betume asfáltico importado e nacional), igualmente com 0,4%.
No que diz respeito ao gás liquefeito, no período em referência, foram disponibilizadas 122 243 toneladas métricas de gás de cozinha, das quais 68% provenientes da fábrica Angola LNG, 22% do Sanha, 7% da Refinaria de Luanda, e 3% do Topping de Cabinda.
“Em relação ao trimestre anterior, registou-se uma redução de aproximadamente 11% na aquisição de GPL [gás de petróleo liquefeito] para o mercado interno”, refere o referido instituto no relatório.
Em termos comparativos, Angola continua a ter o preço mais baixo de venda ao público da gasolina na região da África Austral, correspondente a 300 kwanzas o litro (0,33 USD), o mesmo para o gasóleo, ao preço de 200 kwanzas por litro (0,22 USD).
“A média trimestral dos preços de venda da gasolina e do gasóleo praticados nos postos de abastecimento a nível regional (SADC), fazendo uma comparação com a moeda nacional (kwanza), foi de 1 088,24 e 1 065,63 kwanzas por litro, respectivamente”, lê-se no documento.
Fonte: Isto é notícia