Aumento da repressão global da imprensa com 361 jornalistas presos
O número de profissionais de comunicação social presos em todo o mundo atingiu em 2024 um total de 361, o segundo máximo de sempre, indica um novo relatório divulgado pelo Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).
Por: Redação
Segundo o documento, até 01 de dezembro do ano passado, China, Israel e Myanmar (antiga Birmânia) foram os principais responsáveis pela prisão de repórteres, seguidos pela Bielorrússia e pela Rússia.
Os 361 jornalistas atrás das grades representam o segundo maior número desde o recorde global estabelecido em 2022, quando o CPJ documentou pelo menos 370 profissionais detidos na sequência do respetivo trabalho.
Os principais fatores de prisão de jornalistas em 2024, refere o CPJ, foram a repressão autoritária contínua, a guerra e a instabilidade política ou económica.
O combate à prisão de jornalistas é um dos principais focos do CPJ, que fornece aos profissionais apoio financeiro para cobrir os custos de honorários legais, bem como recursos para ajudar as redações a prepararem-se melhor ou a mitigarem as ameaças de assédio e ação legal.
Segundo o CPJ, no Médio Oriente e no Norte de África foram detidos 108 jornalistas, quase metade deles por Israel. Em 2024, especialistas jurídicos da ONU determinaram que Israel violou o direito internacional na detenção de três jornalistas palestinianos.
No espaço lusófono, a Proteção dos Jornalistas (CPJ) apenas refere o caso do jornalista angolano Carlos Alberto, director do Portal de notícias A DENÚNCIA que ainda estava preso a 01 de Dezembro, apesar de se ter tornado elegível para liberdade condicional no mês anterior, depois de a sentença de três anos por difamação criminal ter sido reduzida para 27 meses sob uma lei de amnistia de 2022.