MEA considera injustificável subida das propinas no ensino superior privado e ameaça chuva de manifestações contra medida

Em conferência de imprensa realizada esta sexta-feira, 27 de Junho de 2025, no bairro Palanca, município do Kilamba Kiaxi, em Luanda, o Movimento de Estudantes Angolanos (MEA) manifestou-se contra o aumento “abusivo” das propinas até 20,74%, autorizado pelo Governo, Associação Nacional do Ensino Privado (ANEP) e a Associação das Instituições de Ensino Superior Privado Angolano (AIESPA).

Por: Albino Azer

O Secretário Provincial do MEA em Luanda, Jonas Sebastião, explicou que as manifestações de ruas contra a medida arrancam dentro de sete dias, ou seja, a partir da próxima semana, o Movimento dos Estudantes Angolanos poderá remeter ao gabinete da Ministra da Educação, um documento a propor um tarifa de 5% contrariamente os 20,74%, anunciados recentemente pelo Governo.

“A subida não justifica tendo em conta a inflação. Eles aumentam a propina, mas não aumentam os salários. Eles aumentam a propina, mas não melhoraram a qualidade de ensino no país. Esta semana vamos procurar as instituições para as negociações, a próxima vamos anunciar as medidas e vai ser para todo país”, alertou.

Face a situação socioeconómica do país, o Presidente do Movimento de Estudantes Angolanos (MEA) sugere que o aumento da propina nas universidades privadas não deve passar os 5%.

“5% é o ajuste mais ajustado e mais equilibrado face a situação económica do país”, sugere Francisco Teixeira, presidente do MEA.

Por sua vez, o Secretário Provincial do MEA, na Província do Icolo e Bengo, Simão Formiga, defende que o valor da propina em qualquer instituição não deve ser superior ao salário mínimo nacional.

“O governo entendeu mal a economia do mercado. Eles vão aumentando o preço das propinas como justificativa da inflação. Nós sabemos que esta subida é para beneficiar os próprios responsáveis que tomaram a medida para sustentar os colégios deles”, acusou.

Recordo-lhe que o governo por via de um decreto, autorizou as instruções de ensino superior privadas a subirem o valor da propina para o próximo ano lectivo (2025/2026) até 20, 74%.

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